Livros: Resenha - Contos da Seleção (A Seleção 2.5)

Nome: Contos da Seleção (A Seleção 2.5)

Autora: Kiera Cass

Editora: Seguinte

Páginas: 257

Classificação: ★ ★ ★ ★ ★  | ♥
Sinopse: Os dois contos que se passam no universo criado por Kiera Cass, autora da trilogia A Seleção, agora estão disponíveis em edição impressa. Em “O Príncipe e O Guarda”, o leitor pode acompanhar de perto os pensamentos e emoções dos dois homens que lutam pelo amor de America Singer. Antes de America chegar ao palácio, já havia outra garota na vida do príncipe Maxon. O conto O príncipe não só proporciona um vislumbre das reflexões de Maxon nos dias que antecedem a Seleção, como também revela mais um pouco sobre a família real e as dinâmicas internas do palácio. Descobrimos como era a vida do príncipe antes da competição, suas expectativas e inseguranças, assim como suas primeiras impressões quando as trinta e cinco garotas chegam. Para America, a vida antes da Seleção também era muito diferente. A começar pelo fato de que ela estava completamente apaixonada por um garoto chamado Aspen Leger. Criado como um Seis, ele nunca imaginou que acabaria se tornando membro da guarda do palácio. Em O guarda, acompanhamos Aspen a partir do momento que o grupo de trinta e cinco garotas da Seleção é reduzido para a Elite, conhecemos sua rotina dentro das paredes da casa da família real — e as verdades sobre esse mundo que America nunca chegou a conhecer.



Com a proximidade de "A Escolha", essa semana vai ser agitada aqui no blog: hoje, trago a resenha de "Contos da Seleção", quinta ou sexta devo postar a de "A Escolha" e, por fim, trarei um vídeo no fim de semana, onde falarei da série em geral. É para qualquer Selectioner ficar louco! \o/

Pertencente à trilogia de Kiera Cass, "Contos da Seleção" reúne, em forma impressa, os contos "O Príncipe" e "O Guarda", já disponibilizados como e-books gratuitos pela Editora Seguinte. Nestes, a narrativa de America é passada para Maxon e Aspen, que apresentam seus pontos de vistas diante das situações que já conhecemos. São histórias complementares, portanto alerto que esta resenha poderá ter spoilers. Os livros anteriores já foram postados no blog e você pode ler minhas resenhas clicando aqui.

Em "O Príncipe", Maxon prepara-se para o início da Seleção. Há receio por parte do rapaz, que teme não encontrar seu amor verdadeiro entre as 35 candidatas. Por sua visão, somos levados às formalidades do palácio e às alianças que seu pai lutou para conseguir.

Também descobrimos que Maxon teve uma amiga antes de America. Daphne, a princesa da França, mantinha uma relação amistosa com o príncipe de Illéa, e lhe conhecia como ninguém. A amizade dos dois desfez-se com a revelação de que Daphne via em Maxon um marido, enquanto ele lhe tratava como amiga.

Através de suas angústias, Maxon mostra-se um príncipe frágil, que viu no concurso a chance de afastar a solidão de uma vida como filho único. Até eu, que não gosto do Maxon (não me batam!), curti a forma como ele se portou. É uma pena que o resto do conto seja monótono e não aborde muitos temas.

Já em "O Guarda", Aspen traz sua visão por dentro do palácio, dando ênfase aos empregados que ali trabalham. É ambientado durante o segundo livro da trilogia, e tem seu ápice no momento em que America foge do ataque dos rebeldes, uma das cenas mais tensas até então. Assim, o leitor é presenteado com páginas repletas de brigas, janelas quebradas e pessoas feridas. Ah, a ação nossa de cada dia!

Os encontros do guarda com America continuam às escondidas, e tornam-se cada vez mais difíceis. A mídia consome todo o conteúdo que as Selecionadas possam dar, e um passo em falso poderia trazer à tona o relacionamento proibido.

Como já disse, um dos pontos mais interessantes na narrativa de Aspen é a atenção dada aos empregados do palácio. Lucy, que me conquistou em A Seleção e A Elite, tornou-se uma personagem ainda mais adorável.

Infelizmente, nem tudo foram flores. Novamente, o universo distópico de Illéa foi deixado para trás. O sistema de castas não foi bem utilizado, provando que o problema não é América, mas a autora. Começo a pensar que Kiera Cass só usou o gênero pela comodidade, mas a ideia tornou-se um tiro no pé. A trilogia é um romance incrível, mas peca no que deveria ser o principal. Espero que A Escolha traga um bom conteúdo distópico.

Além dos contos, o livro traz muito conteúdo extra, como uma entrevista com a Kiera e as playlists oficiais de A Seleção e a Elite. Para os interessados, as playlists foram postadas no 8tracks. Ouça-as clicando aqui e aqui. (Obrigado por disponibilizá-las, ConversaCult!).

Apesar de gostar muito da escrita de Kiera, não recomendo Contos da Seleção. É um ótimo livro para os fãs terem na estante, mas não traz nada que já não tenhamos visto. Todo o material prometido pode ser encontrado na internet, e os três capítulos de "A Escolha" não revelam quase nada. Fico na espera para ler o desfecho da trilogia e espero não me decepcionar mais uma vez.


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