Resenha: A Seleção, de Kiera Cass.

Título: A Seleção

Autora: Kiera Cass

Editora: Seguinte

Páginas: 368

Classificação: ★ ★ ★ ★ ★  | ♥

Sinopse: [+]


Embora seja uma distopia, A Seleção não é eletrizante quando se tratam das cenas de ação. Seu enredo dá foco ao romance, deixando um pouco de lado as guerras e revoluções que podem caracterizar o gênero em que o livro se encontra.

A história é contada num período pós Terceira Guerra Mundial. Ao guerrear com a China, os Estados Unidos são derrotados e passam a ser chamados de Estado Americano da China. Porém, num contra-ataque, o país é retomado e nomeado de Illéa, sobrenome do homem que liderou a vitória. Por ter nascido em meio aos escombros de um território destruído, Illéa usa o sistema de castas, sendo a primeira pertencente à Família Real e a oitava aos mendigos, deficientes e inválidos.

America Singer, junto com sua família, é uma Cinco, casta pertencente aos artistas. O trabalho não os dá muito dinheiro, mas não há fome em sua casa. Enquanto sua mãe sonha que a filha se case com um homem de casta melhor, America vive um romance escondido com Aspen, que é um Seis. Em Illéa, é quase proibido que uma mulher case-se com um homem de casta maior que a dela: a burocracia do país faz com que grande parte dos casais se separe antes de oficializarem a união.

Decidida a se casar com Aspen, America é surpreendida por um anúncio da Família Real de Illéa: o Príncipe Maxon, herdeiro do reino, completara 19 anos e em breve casará. Para que a noiva seja escolhida, um sorteio será feito e 35 moças de idades entre 16 e 20 anos serão levadas ao palácio, para que convivam com o príncipe e conquistem seu coração, a fim de restar uma única princesa e futura rainha do país. Relutante, America se inscreve, sem acreditar que seria selecionada. E é.

“Sabia que não me apaixonaria por Maxon da noite para o dia. Meu coração não ia deixar. Mas de repente me vi em uma situação que talvez eu quisesse me apaixonar por ele."

A partir da Seleção, a história começa a tomar rumo. De forma  simples, Kiera Cass tenta fazer com que o leitor conheça um pouco de cada uma das 35 moças, dando destaque às que America observa com mais frequência. Por ser escrito em primeira pessoa, temos as opiniões da protagonista como pontos de vista.
Sendo uma autora nova, Kiera mostra seu talento para a escrita. O livro não é feito de palavras difíceis ou capítulos enormes, mas isso não o torna inferior em nenhum momento. 

As personagens, por sua vez, são muito cativantes, e é impossível não escolher um dos protagonistas para torcer. Aspen e Maxon têm personalidades completamente diferentes, mas completam America. Também me encantei com as personagens secundárias.

O que mais gostei em A Seleção é que, apesar de ser uma distopia voltada para o romance, a autora conseguiu estabelecer pontos históricos durante sua escrita. Tudo ao redor de America e Illéa é explorado e não deixa pontas soltas para a continuação, com exceção do enredo principal.

Sendo uma leitura simples e rápida, recomendo A Seleção por ter sido um dos meus livros favoritos de 2013. Fiquei triste quando terminei a leitura, mas corri para ler A Elite e agora espero ansioso por A Escolha. Ah, eu conheci a Kiera Cass, que é o ser humano mais fofo do universo! Com tantos pontos positivos, não vejo porque não ler A Seleção.

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